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ESPIRITISMO CASA DE DEMONIOS

Segredos do mundo dos espíritos

O espiritismo está em moda. Alguns o veêm como manifestações da religiosidade popular. Outros o admiram como folclore. Mas uma de suas maiores atrações é a pretensa comunicação como os mortos. Até mesmo professores cristãos têm recorrido a alguma de suas formas, em busca de soluções ou explicações para seus problemas.

É possível comunicar-se com os mortos?
O espiritismo é compatível com o cristianismo? 
Teria Deus revelado a alguns "iluminados' todos os segredos da vida e da morte?

Este livro responde a essas e outras grandes indagações sobre o fenômeno religioso que tem empolgado multidões, à luz das verdades bíblicas.




A Portas Fechadas 

- Não quero mais saber de Deus! exclamou meu interlocutor quando entrei em seu escritório. Não quero que você venha aqui! Vou dizer-lhe mais: não quero voltar a vê-lo até o fim de minha vida. Estou farto! 

Estas palavras ressoaram de forma estranha em meus ouvidos, porque procediam de um amigo com o qual me relacionara intimamente. Sempre me recebera prazerosamente em seu escritório, mas nessa manhã sua atitude mudara radicalmente.

O que teria causado a reviravolta?

Logo descobri a razão de tudo. Ele regressara minutos antes de uma sessão espírita, a primeira a que assistira em muitos anos. Minha chegada em tais circunstâncias pareceu-lhe sumamente inoportuna. Encontrava-se ainda sob a influência encantadora de sua conversa com uma importante aparição, um "faraó" do antigo Egito. Sob tensa atmosfera, vivíamos um momento decisivo, e ambos tínhamos plena consciência de tal fato.

Conhecera esse funcionário público e sua família durante uma série de palestras religiosas que eu estava levando a efeito na Nova Zelândia. Imediatamente antes de nosso primeiro contato pessoal, minha conferência focalizara o tema: "A Bíblia Como a Palavra de Deus."

Ao término da reunião, este senhor, sua esposa e suas três filhas me cumprimentaram, convidando-me a visitá-Ias em casa. Fi-lo com grande prazer, e a alegria deles correspondeu plenamente; dentro de pouco tempo, já me consideravam como "alguém da família" .

Não somente o pai e a mãe, como também as três filhas, estudaram a Bíblia comigo. Entretanto, desde os primeiros contatos pude observar uma certa atitude estranha no pai: cada vez que falávamos da morte e da ressurreição, ele emitia sinais de desassossego.

Posteriormente fui informado de que ele havia sido membro de uma importante organização espírita; durante anos praticara a clarividência, tendo inclusiveatuado como médium. O detalhe é que tudo isto ocorrera há vinte e cinco anos, e desde então ele não mais voltara a freqüentar sessões espíritas.

Este senhor era um destacado funcionário público na cidade em que viviam. Nunca aceitara o cristianismo e, quando o visitei, pareceu-me não possuir qualquer inclinação religiosa.

Conhecendo-o mais de perto, dei-me conta de que "alguém" o acompanhava constantemente - um "espírito de morto", como a Bíblia o identifica (Isaías 8:19; 19:3). Pretendia ser um espírito feminino e, embora invisível a todos, sua presença era real e contínua, especialmente para o pai. O ser invisível atribuía-se o nome de "Nancy", dizia ser alta e possuir compridas tranças.

Este senhor dificilmente tomava alguma decisão sem antes consultar "Nancy", e sempre recebia resposta. Se a pergunta pudesse ser respondida por um "sim" ou "não", ele invocava o espírito e, como resposta, sua mão era levantada a uns vintecentímetros da escrivaninha e logo movida para baixo um certo número de vezes, número este que variava, dependendo de ser positiva ou negativa a resposta.

Uma vez que a mão passasse ao controle do espírito, nem o seu dono nem qualquer outra pessoa poderia mantê-Ia imóvel.

Observe-se que este senhor era fisicamente avantajado, medindo mais de dois metros de altura e pesando uns 110 quilos. Em sua juventude fora campeão de boxe na categoria peso-pesado.

Além dessas respostas simples que lhe concedia, aparentemente o espiritismo não exercia qualquer outra influência na vida de meu amigo.

O Espírito "Nancy" Converte-se em Inimigo

Durante o lapso de vinte e cinco anos que mencionei, ele não enfrentou qualquer problema com os espíritos; tão logo começou a estudar a Bíblia, entretanto, as coisas se alteraram rapidamente. Por certo sua familiaridade com os poderes invisíveis era grande, mas só agora aprendeu que nem todos eles procedem de Deus. Alguns são definitivamente malignos. Uma vez tendo conhecido o que a Bíblia diz acerca do
tema, decidiu cortar as relações com os espíritos.

Após tomar sua decisão, começou a encontrar oposição definida. A primeira foi manifestada por "Nancy".

Quando este ser não obteve êxito em lançá-lo contra a Bíblia todo um grupo de espíritos entrou na batalha.
Apesar de tudo ele e sua família prosseguiram estudando a Palavra de Deus. Em certas ocasiões estudamos até altas horas da noite.

Pouco tempo transcorreu antes que os espíritos começassem a se opor à minha pessoa: inicialmente, através de argumentos; e depois, via força física.

Certa noite, após havermos estudado o capítulo 12 de Apocalipse, os espíritos disseram a meu amigo:

"O que vocês estiveram analisando hoje à noite éum erro. Nós é que temos a chave de tudo e, como prova do que dizemos, damos-lhe isto." 

No mesmo instante uma grande chave, de uns vinte centímetros de comprimento, caiu ao chão, procedendo não se sabe de onde. Ficamos todos assombrados. Logo uma das filhas a levantou e todos se certificaram de jamais havê-Ia visto antes.

Noutra ocasião apareceu em casa o espectro do cachorro da família, um fox-terrier que havia morrido pouco antes. Durante anos o dono da casa havia mantido um canil de animais da referida raça.

Quando o animalzinho saltou ao colo do amo, como sempre fizera em vida, a família impressionou-se profundamente. Entretanto, já conheciam agora alguma coisa acerca do poder enganador do mundo dos espíritos.

O que parecia uma Irrecusável evidência de vida após a morte, foi corretamente interpretado por eles como apenas mais um esforço dos espíritos malignos, visando a enganá-los.

Durante os próximos meses ocorreram muitos fatos insólitos, à medida que a batalha se intensificava. Algumas vezes, quando eu me retirava dessa casa, os espíritos diziam:

"Esta noite vamos nos 'livrar' de Anderson em sua própria casa." 

Com freqüência tentaram fazê-lo. Mais de uma vez senti a pressão sufocante de mãos invisíveis que apertavam minha garganta e me Jogavam ao solo. Quando alguém defronta uma experiência como essa, desaparece de sua mente qualquer dúvida no que concerne à existência dos poderes invisíveis.
Eu sabia não estar lutando "contra o sangue e a carne" segundo a expressão do apóstolo Paulo, senão "contra as 'forças espirituais do mal nas regiões celestes" (Efésios 6:12).

Pude compreender um pouco melhor o grau de perversidade de tais espírito quando este senhor, impulsionado por uma dessas entidades, apertou a garganta de sua filha e, com dedos de aço, começou a estrangulá-Ia. Usualmente ele era delicado e bondoso, mas nessa ocasião foi possuído de um acesso de raiva, porque a filha havia dito que a Bíblia era de fato a Palavra de Deus e constituía o único guia seguro.
Apercebendo-me do perigo que a moça corria neste momento, aproximei-me e, em nome de Jesus Cristo, ordenei-lhe que a deixasse em liberdade. Imediatamente seus dedos se afrouxaram.

Um Piano que Toca Sozinho

Por vários meses estudei a Bíblia com essa família da Nova Zelândia. Ademais, vivi durante três meses em sua própria casa, enquanto minha esposa e nosso filhinho visitavam alguns familiares na Austrália. Eu sentia um calafrio cada vez que, à meia-noite, ouvia o pai passar defronte à minha porta e descer as escadas em direção à sala.

Seu propósito me era conhecido: ele ia celebrar uma sessão privada com os espíritos.

Ao chegar à sala, o piano começava a tocar sozinho. Ele não conhecia música, sequer sabia distinguir uma nota de outra mas o piano tocava. A canção era sempre a mesma: falava de "Polly", que havia falecido e nesse momento, supostamente os estava contemplando do Céu.

O período que passei como hóspede na casa desses amigos foi agradável em vários sentidos, mas ao mesmo tempo constituiu-se numa verdadeira prova. Lutar contra os espíritos malignos pela posse da alma de um ser humano, e perceber que a batalha se intensificava cada vez mais no transcurso das semanas, é algo que eu não escolheria fazer voluntariamente.

Adorávamos juntos a Deus cada dia e eu podia sentir o gozo de ver esta estimada família apropriando-se melhor das verdades das Escrituras.

Depois que minha esposa e filho regressaram da Austrália e já nos encontrávamos em nosso lar, durante certa madrugada, as cinco horas, despertou-me uma voz; ouvi-a com tanta clareza quanto haveria escutado a voz de qualquer pessoa.

As palavras que escutei eram as que o próprio Cristo havia pronunciado:  

"Esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum." S. Marcos 9:29

Reconheci imediatamente tratar-se de uma orientação divina. Despertei minha esposa e oramos juntos, fervorosamente.ambos estávamos convencidos de que Deus desejava que eu visitasse meu amigo em seu escritório. Seu trabalho na cidade relacionava-se com o outorgamento de pensões. Era um
cidadão mui respeitado, e seu escritório estava localizado no bairro comercial.

As "Asas Brancas do Egito"

Antes de ir visitá-lo, detive-me no consultório de um médico amigo, em cujas orações havia encontrado uma fonte de poder. Em diferentes situações difíceis, havíamos orado juntos a fim de pedir ajuda. Assim, enquanto seus pacientes esperavam, relatei-lhe o que ocorrera durante a madrugada.

Juntos buscamos auxilio de Deus para enfrentar o que nos esperava.

Pouco depois, quando cheguei ao escritório do funcionário público, a quem conhecia tão bem (como já expliquei), este me disse, sem qualquer consideração:

- Anderson, que veio fazer aqui? Não quero tornar a vê-lo pelo resto de minha vida.
Seus olhos chispavam de ódio. Já o disse antes, era um homem corpulento e, como policial e detetive, havia sido treinado no sentido de não tolerar qualquer discussão.
Nesse momento, encontrava-se sob possessão demoníaca, e oferecia plena demonstração de tal fato.

- Cortei minhas relações com Deus! gritou.
- Mas Deus não cortou Suas relações com você, repliquei.
- Por que teria eu de preocupar-me com Deus? Recebi a honra mais elevada que um homem poderia almejar, disse ele a seguir.
- De que se trata? perguntei.
- Tenho as "Asas Brancas do Egito", disse-me com desprezo.

A partir de agora, nada poderá causar-me dano. Os espíritos me asseguraram que doravante posso ir a qualquer lugar, pois minha vida se encontra perfeitamente segura.

Logo, num sorriso perverso, contou-me que nessa manhã havia procurado um médium espírita. Ordenara a este que invocasse um dos antigos "faraós", chamando-o pelo nome. Alarmado, o médium pedira-lhe que o desculpasse, justificando-se:

- Evidentemente, o senhor pertence a um círculo de espíritos mais elevado do que os que conheço, e aquele que agora me pede para invocar é do mais alto nível. Rogo-lhe que não me use; procure outro médium.
Meu, amigo, em resposta, atuou como ex-policial, exigindo obediência, o médium entrou imediatamente em transe .

Quando o espectro do "faraó" apareceu, disse que lhe trazia uma mensagem especial.

- Você deve deixar de estudar a Bíblia, ordenou o "faraó".

Tenho para você verdades maiores que as deste livro antiquado.

Durante a sessão, o funcionário falou também com outro espírito, supostamente pertencente a sua primeira esposa, que falecera há mais de vinte anos. A fim de provar sua identidade, este espírito friccionou suas mãos com um lenço ensopado de perfume - era o mesmo perfume que meu amigo dera à noiva na noite do casamento.

Posso testificar que, ao visitá-lo nessa manhã, após sua presença na sessão espírita,suas mãos ainda exalavam o perfume, e com tal intensidade que todo o escritório recendia ao mesmo.

Claro que algum cético poderia dizer que ele tinha consigo um frasco de perfume no escritório, mas ninguém que tenha tido uma experiência com as potestades espirituais do mal, atrever-se-ia a duvidar.

Ao finalizar a entrevista com os espíritos, o "faraó" conferiulhe a proteção das "Asas Brancas do Egito", dizendo-lhe:

- Isto representa uma honra especial. E a distinção mais elevada que podemos conceder a seres humanos, e você a recebe com a bênção de todo o Egito antigo.

Quando regressou ao escritório, nosso protagonista estava alvoroçado. Seu rosto se transfigurara. Cheguei ao local neste preciso momento e entrei, como de costume.

A recepção foi a que já mencionei. As coisas estavam mal.

Ele manifestara beligerância para comigo e para com Deus. A situação era desesperadora e representava um verdadeiro desafio. Diante de mim encontrava-se assentado o meu amigo, em cujo lar havia passado alguns meses felizes ao estudarmos juntos as Sagradas Escrituras. Ele se encontrava agora mui distante de Deus, blasfemando de Seu nome e ordenando-me, em tom desafiante, que saísse de seu escritório.

Gritou várias vezes:

- Não quero mais saber de Deus!

Que poderia eu fazer? Retirar-me-ia, tal qual me ordenava?

Desafiaria os espíritos? Aproximei-me dele, colocando a mão sobre seu ombro, e tomei uma velha Bíblia que se encontrava na estante. Era a mesma que ele, na qualidade de magistrado, utilizava quando as pessoas deviam prestar informações sob Juramento.

Uma Resposta Assombrosa

Agi lentamente, pois ao mesmo tempo orava a Deus em silêncio, Folheei algumas páginas da Bíblia de forma um tanto casual quando, repentinamente e de modo estranho, a Palavra de Deus abriu-se no capítulo 30 de Isaías. 

Comecei a ler em voz alta:

"Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que executam planos que não procedem de mim, e fazem alianças sem a minha aprovação, para acrescentarem pecado a pecado! Que descem ao Egito sem me consultar, buscando refúgio de Faraó e abrigo à sombra de Faraó! Mas o refúgio de Faraó se vos tornará em vergonha, e o abrigo na sombra de Faraó em confusão." Isaías 30:1-3.
 
O funcionário deu um salto, arrebatou-me a Bíblia e gritou:

- Isso não está escrito aí! Você o está inventando!

- Está aqui, retruquei. Leia-o com seus próprios olhos!

Com mãos trementes, tomou a Bíblia e leu os versículos em voz alta. A seguir, afundou-se na poltrona como se um raio o houvesse atingido.

De forma bondosa, porém firme, eu lhe disse:

- Meu amigo, o caminho que você está escolhendo é o caminho que conduz à confusão e à perdição final, e você o sabe. Sua confiança está sendo colocada sobre "a sombra do Egito". Você se orgulha de estar sob a proteção das" Asas Brancas do Egito"; bem sabe, entretanto, que tal coisa não pertence ao Espírito de Deus, mas ao demônio.

Sabe, ainda, que ao assim proceder, está acrescentando pecado a pecado.

Em silêncio, ele me fitava ansiosamente. Li então as palavras do capítulo seguinte:

"Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro ... mas
não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor." Isaías 31: 1. 

Seu rosto adquiriu uma expressão solene. Levantando-se, foi até a porta e fechou-a internamente, a fim de não ser interrompido. Fitando-me diretamente nos olhos, perguntou:

- Que devo fazer?
- Oremos a Deus pedindo perdão e forças para obter a liberdade, respondi.

Assim o fizemos. Elevamos ao Céu fervorosas orações, e finalmente pude ver que aquele homem obtivera a vitória. Foi maravilhoso vê-lo volver-se das trevas para a luz.

Contudo, eu bem sabia que o arqui-enganador não se retiraria sem travar uma batalha decisiva. Durante os dias seguintes, alguns de nós, que éramos seus amigos mais próximos, jejuamos e oramos pela sua final libertação.

A Última Tentativa Desesperada dos Espíritos

Algumas semanas mais tarde, ao final de um maravilhoso dia de adoração, senti a forte impressão de que deveria visitar meu amigo, pois não o vira na igreja. Pedi a outro amigo que me acompanhasse; tratava-se de uma pessoa valorosa, condecorado que fora por sua bravura como piloto no tempo da guerra. Antes de partir, oramos e anunciamos pelo telefone nossa intenção de ir vê-lo. A esposa nos recebeu, condu-
zindo-nos à sala.

Ao entrarmos, dei-me conta de que a situação não era nem um pouco favorável: ali estava nosso amigo assentado em silenciosa comunhão com os espíritos. Eu já o vira em outras ocasiões, no escritório, enquanto falava com seu espírito' especial, "Nancy".

Em tais ocasiões, não pronunciava palavra alguma, pois a comunicação era feita através do pensamento.

Esperamos alguns minutos e logo iniciamos conversação, de modo um tanto distraído, a princípio. Pouco a pouco, procuramos introduzir o assunto que nos interessava.

Nesse mesmo dia, a igreja decidira pedir a sua esposa que atuasse como diaconisa. Tão logo mencionei este fato, sua atitude modificou-se. Irredutível, opôs-se durante hora e meia a tudo que sugeríamos. Percebendo que não chegaríamos a parte alguma nesse ritmo, levantei-me, disposto a retirar-me. Ao fazê-lo, todavia, falei:

- Nunca saí deste lar sem antes haver orado, e não pretendo interromper tal prática hoje à noite. Ajoelhemo-nos.

Minhas palavras o apanharam desprevenido. Certamente ele não se encontrava num estado de ânimo predisposto à oração mas, por respeito, decidiu fazê-lo, Seu rosto esboçava o mesmo sorriso astuto que eu já percebera outras vezes, quando em comunhão com os espíritos. Noutras ocasiões, ele sempre se ajoelhava em um mesmo lugar da sala, utilizando se do banco do piano como apoio. Sugeri que agora fizesse omesmo. Fê-lo, mas com péssima disposição.

Pedi a meu amigo que orasse. Mal começou a fazê-lo, pressenti que algo estava errado. Ele mal conseguia falar. Eu bem sabia do que se tratava, pois também estava enfrentando a mesma situação. Estávamos sendo oprimidos por um poder invisível.

É uma experiência horripilante, sentir que cada centímetro do corpo está sendo submetido a pressão, e esta se intensifica a cada instante. A duras penas conseguíamos respirar, e de forma alguma lográvamos falar.

Repentinamente, a porta abriu-se sozinha, e por ela entrou um espectro vestido como cavaleiro, portando uma armadura resplandecente e brandindo uma cimitarra turca.

Face a esta aparição, o meu amigo - um robusto ex-oficial de polícia e chefe de uma brigada de detetives - levantou-se de um salto. Envolveu o pescoço da esposa com um braço e meu próprio pescoço com o outro, agarrando-se a nós enquanto tremia como criança assustada.

A situação era dramática, pois este espírito ameaçava matá-lo.

Lancei mão de todo o poder disponível ao desafiar o mal: - Em nome de Jesus Cristo, ordeno aos demônios que saiam imediatamente desta casa.

O que ocorreu em seguida foi algo espantoso. Jamais eu vira tal coisa. Era como se todos os demônios estivessem soltos. As janelas estremeciam, as portas batiam fortemente, e toda a casa tremia como se um terremoto estivesse ocorrendo.

Ouvimos guinchos e gritos. A casa parecia prestes a ruir, mas nós permanecemos ajoelhados até que cessou a comoção. A calma que se seguiu foi tão impressionante como havia sido o tumulto anterior.


Ao nos levantarmos da oração, olhamos uns aos outros com assombro. Havia desaparecido toda expressão de terror do rosto de meu amigo, embora ele ainda estivesse tremendo. Agora sabia que Deus estava ali, nesse mesmo lugar quefora sacudido pelos demônios. Sabia também que o poder de Jesus é incomparavelmente maior que o de Satanás.

Há Poder em Seu Nome

Invocar o nome de Cristo como proteção, e logo sentir que se afrouxa a terrível opressão do inimigo, é algo que representa uma experiência memorável. Entretanto, mais de um ano transcorreu até que meu amigo chegasse à plena liberdade.

Sei que os espíritas dirão que essas forças opositoras eram "maus espíritos", e que os "bons espíritos" são dignos de confiança, pois protegem e jamais causam dano.

Isto é precisamente o que este funcionário cria quando o encontrei pela vez primeira. É necessário recordar que ele próprio havia sido um espírita destacado. Não tardou em descobrir, porém, o que milhares de pessoas têm constatado: os assim chamados "bons espíritos" do ocultismo são enganadores.

São capazes de empregar seus poderes contra as mesmas pessoas
que uma vez lhes renderam homenagens